Dedo, lubrificante à base de água e, essencialmente, camisinha são as dicas
Diferente dos homens, que fantasiam muito com o sexo anal, a maioria das meninas tem certo receio dessa prática. O principal medo é de sentir dor, o que é uma preocupação comum e superjustificável, já que realmente dói. “O ânus
possui uma musculatura para expelir, não para inserir nada. Por isso é
natural a contração e a dor”, explica a sexóloga Carla Cecarello. Mas,
segundo ela, alguns truques são capazes de diminuir o incômodo na
relação.
O mais importante é estar decidida a chegar a esse nível de
envolvimento, livre de tensão, e, depois, contar com a ajuda do parceiro
para ir com bastante calma. “O dedo é o grande aliado para conseguir
iniciar a penetração. Usando ele para tocar a entrada do ânus, basta
esperar a contração, sem afastar o dedo. Depois de ‘fechar’, vai haver
novamente um relaxamento. Nesse momento, é preciso forçar um pouco mais e
esperar uma nova contração. Fazendo isso repetidas vezes, aos poucos, é
possível chegar lá sem dor”, orienta a especialista.
Outro problema é a falta de lubrificação, que dificulta a penetração.
A alternativa é usar géis à base de água. “Os lubrificantes à base de
água não têm hormônio e são ideais para essa prática. Indico evitar
outros tipos, já que a região anal apresenta muito mais irritabilidade”,
ensina Carla, que alerta para fugir dos produtos que prometem efeito
anestésico. “Nunca se deve usar nenhum a substância que cause
amortecimento. A mulher não vai sentir nada na hora da penetração e a
movimentação do pênis é capaz de machucar muito sem que
se perceba no momento, podendo até romper pregas e causar feridas
graves, que depois vão dificultar o controle das fezes”.
A prática não dá muito prazer para quem é penetrado, isso porque,
diretamente, é muito raro conseguir chegar ao orgasmo somente pelo ânus.
Mas a fantasia, o envolvimento e o toque em outras zonas erógenas e
no clitóris são capazes de tornar o momento muito gostoso se a mulher
realmente estiver à vontade. “Tomando esses cuidados, o essencial é usar
camisinha. Diferente da vagina, que tem um ph ácido capaz de promover
maior proteção, o ânus é vulnerável a qualquer tipo de vírus e muito
mais fácil de contrair doenças”, alerta.
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